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Cena de "Nosferatu" (1922), dirigido por F. W. Murnau e estrelado por Max Schreck. |
Jonathan Greenaway
5 de fevereiro de 2018
Como Silvia Federici disse em seu marcante trabalho "Caliban And The Witch", um dos aspectos do nascimento do capitalismo foi a produção de um novo tipo de sujeito. A burguesia mercantil crescente requeria força operária para trabalhar para ela, e assim a sociedade e a ideia de sujeito precisavam ser reformadas. Essa reforma é feita pela igreja e pelo Estado, através de violenta disciplina legislativa, social e cultural. São essas forças disciplinadoras que, pelo menos em parte, explicam a violência exercida sobre a figura da "bruxa" — em outras palavras, a figura da mulher incontrolável, empoderada para realizar os seus desejos (e daqueles que a acompanham) e obter o que precisa, sem que para isso precise explorar o trabalho alheio.